Batalha - Museu da Comunidade Concelhia é um espaço apostado na inclusão O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, investimento de 900 mil euros, inaugura em Janeiro. Um espaço que mostrar a história do município e que aposta na inclusão de visitantes portadores de deficiência.
O espaço, cujo lema é «
Um museu de todos», está localizado no centro da vila da Batalha e divide-se por cinco áreas temáticas. A primeira começa com a formação do território e termina na Batalha de Aljubarrota, passando pela geologia, paleontologia ou arqueologia.
Nesta área, o destaque está centrado no espaço dedicado à vila romana de São Sebastião do Freixo (Collipo) e na estátua do Magistrado Romano e no Mosaico do Hipocampo.
Uma tela do artista Mário Santa Rita sobre a Batalha de Aljubarrota, cuja vitória dos portugueses determinou a construção do Mosteiro da Batalha, abre caminho ao piso superior do museu e à segunda área temática.
A construção do monumento é contada numa projecção multimédia e o espaço inclui um conjunto de objectos relacionados com os poderes real e religioso, como o sistema de pesos e medidas do rei D. Manuel I, o verdadeiro e uma cópia.
Informação sobre as personalidad
es que o Mosteiro da Batalha recebeu e objectos relacionados com as actividades económicas do concelho, como o Couto Mineiro do Lena, são visíveis nesta área, sucedendo-lhe um terceiro núcleo, dedicado à Batalha da actualidade.
Numa maqueta interactiva que reproduz o município em termos topográficos, os visitantes são convidados a descobri-lo através de seis vídeos promocionais que mostram, por exemplo, o artesanato, a gastronomia ou o património. O objectivo é aumentar a permanência dos turistas no concelho, explicou António Lucas.
Um espaço dedicado a exposições temporárias, que abre com uma mostra sobre o ensino no concelho, e o laboratório da memória futura completam o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha.
«O museu pretende dar a conhecer a história do concelho, desde a pré-história até àquilo que somos hoje e àquilo que queremos ser no futuro», resumiu António Lucas, o presidente da autarquia.
«É um projecto que está preparado para todos os deficientes poderem usufruir deste espaço, invisuais, surdos, deficientes motores», disse o presidente da câmara da Batalha, considerando a inclusão uma «componente fundamental» do primeiro museu municipal do concelho.
Pelo edifício, de dois pisos, no qual há um espaço para os cães-guia descansarem, um trilho conduz os visitantes cegos à descoberta do museu, onde também podem conhecer, através de maquetas, a construção do Mosteiro da Batalha.
Para estes, além de outro acervo táctil, originais ou réplicas, o museu disponibiliza igualmente áudio guias e informação em Braille, enquanto que para os surdos o futuro reserva tradução em língua gestual, nomeadamente através de vídeo guias.
«Este museu procura oferecer às pessoas que aqui vêm uma série de soluções que permitam que se sintam, todas elas, incluídas neste espaço», afirmou a técnica de museologia Ana Moderno, adiantando que as soluções passam pela tacto e voz, mas, «quem sabe, no futuro», o cheiro.
in Café Portugal | domingo, 2 de Janeiro de 2011