No próximo domingo, dia 23 de outubro pelas 10h00, inicia-se no apeadeiro de S. João da Madeira uma viagem pela Linha do Vouga.
Como sabem o Governo decidiu desactivar, até ao final do ano, os serviços de passageiros nesta linha e por este motivo não seria justo deixar que isto acontece-se sem se fazer a devida homenagem.
Muitas foram as vezes que este nosso comboio nos levou às praias, aos encontros amorosos, ao trabalho, ao estudo...
Por isso apareçam!
O ponto de encontro fica marcado para o próximo domingo às 10h00. O Vouguinha passa às 10h15, por isso não se atrasem!!!
O destino e a hora de regresso fica ao critério de cada um. Sugere-se no entanto um almoço de grupo em Espinho num local ainda a decidir. Aceitam-se sugestões!
O custo do bilhete até Espinho (SJM - Espinho) 2,50€
Consultem o custo do bilhete em http://www.cp.pt/cp/homeTimetable.do
Divulguem entre os amigos!
Como sabem o Governo decidiu desactivar, até ao final do ano, os serviços de passageiros nesta linha e por este motivo não seria justo deixar que isto acontece-se sem se fazer a devida homenagem.
Muitas foram as vezes que este nosso comboio nos levou às praias, aos encontros amorosos, ao trabalho, ao estudo...
Por isso apareçam!
O ponto de encontro fica marcado para o próximo domingo às 10h00. O Vouguinha passa às 10h15, por isso não se atrasem!!!
O destino e a hora de regresso fica ao critério de cada um. Sugere-se no entanto um almoço de grupo em Espinho num local ainda a decidir. Aceitam-se sugestões!
O custo do bilhete até Espinho (SJM - Espinho) 2,50€
Consultem o custo do bilhete em http://www.cp.pt/cp/homeTimetable.do
Divulguem entre os amigos!
Para finalizar deixo-vos com a nota de Pedro Neves a este respeito:
"21 de Dezembro de 1908, foi a data em que o último rei de Portugal, D. Manuel II, visitou Santa Maria da Feira para inaugurar a linha férrea do Vouga.
Em 1907 teve início a construção da via-férrea que liga Espinho a Oliveira de Azeméis, estendendo o seu percurso até Sernada do Vouga, e, passados alguns anos, até Viseu, ligando a serra à praia.
Esta linha férrea foi obra da:“Compagnie Française pour la Construction et Explotation de Chemins de Fer à l’Étranger”, que, em português, significa: Companhia Francesa de Construção e Exploração de Caminhos-de-Ferro no Estrangeiro.
IN "entrarnahistoria.blogspot.com"
Foi nos anos 80 que comecei a ter o primeiro contacto com a automotora.
Atravessava a linha diariamente para ir para o Ciclo (assim chamavamos às atuais EB2/3). No final das aulas radicalizavamos um pouco e corriamos ao longo da extensão da linha, entre a estação e a ponte junto ao Cemitério nº 3, saltando pelas traves de madeira queimadas pelo óleo libertado pelas inumeraspassagensa das carruagens ao longo dos tempos.
Mais tarde fui para o ensino superior, para Paços de Brandão.
Comprei um cartão especial, mensal, e lá ia eu diariamente na automotora das 7:36h de 2ª a 6ª feira.
Foram dezenas de viagens e centenas de histórias presenciadas a bordo deste especial meio de transporte.
Lembro como as segundas feiras eram agitadas (a malta ia para Espinho, para a Feira).
O mesmo se passava ao dia 04 de cada mês (feira em Arrifana).
Quando Cheguei ao ISPAB, em Paços de Brandão foram duas as coisas que me marcaram nesse dia.
1º a Praxe, obviamente, e depois no regresso ao final do dia contemplar a beleza daquela estação (é, de facto, muito bonita).
Como sempre adorei farra e borga resolvi tentar aminha sorte candidatando-me a entrar na Tuna Académica do ISPAB, a LOCO mui TUNA.
Pensei eu...
Esta tuna deve ser mesmo Louca, até colocam o LOCO no nome!
O Pensamento, como observarão, estava muito longe da verdade!
Não que a Tuna não tivesse, naquele tempo, uma saudável dose de loucura. No entanto, era LOCO por querer homenagear a Locomotiva do Vouga, o vouguinha, que semanalmente tantos estudantes, de tantos pontos do país, trazia a Paços.
Entendo que a vitalidade deste meio de transporte não é a mesma de outros tempos. Percebo que o número de utentes não seja imenso. Até engulo que a economia não possa alimentar, nos tempos que correm, negócios que não rendem.
Todavia, o que fazemos com a nossa história!? O que deve ser feito para perpetuar a memória, a cultura e a tradição destas gentes que fizeram de nós aquilo que hoje somos?
Encontro a decisão de encerrarem a linha (entre outras que vão, igualmente, encerrar) mas não consigo descobrir em lado nenhum o que vai acontecer a esta depois de pararem com a circulação de automotoras.
O que vai acontecer a estações lindissimas como as de S. João da Madeira e Paços de Brandão? Ficarão ao abandono?
Se não, de que forma lhes vão dar uso? Transformando-as (tal como aconteceu no distrito de Viseu) em ciclovias?
Esta é uma solução ridícula, no meu entender, que não dignifica a memória nem o passado destas linhas.
A minha Querida Amiga Alexandra Alves vai organizar no próximo dia 23 um passeio de Vouguinha como poderão constatar no seu facebook.
Eu pretendo associar-me a esta iniciativa tão interessante e, se ela estiver de acordo, contactar a LOCOmuiTUNA para que se junte a todos nós.
Os efeitos desta iniciativa não serão muitos, nem esse é o objetivo. Vamos conviver, passear, conversar, rir, divertir, cantar e usufruir de um velhinho mas muito simpático e útil Vouguinha.
Termino com a letra de uma música que fiz para a LOCOmuiTUNA em 1998...
Vinham de bem longe
para Paços estudar
Com as capas ao ombro
e a saudade a apertar.
foi na estação
que encontraram o vouguinha
o comboio mais catita
que havia lá na linha
Lá vem o vouguinha
lá vem o vouguinha
lá vem o vouguinha
sempre, sempre a apitar.
E a LOCOmuiTUNA
E a LOCOmuiTUNA
com seus versos a cantar.
P.S. - a parte do título "na vida tudo passa" é inspirada no GRANDE Paulo Baldaia e na sua máxima (na vida tudo passa, até a uva passa!)"
Em 1907 teve início a construção da via-férrea que liga Espinho a Oliveira de Azeméis, estendendo o seu percurso até Sernada do Vouga, e, passados alguns anos, até Viseu, ligando a serra à praia.
Esta linha férrea foi obra da:“Compagnie Française pour la Construction et Explotation de Chemins de Fer à l’Étranger”, que, em português, significa: Companhia Francesa de Construção e Exploração de Caminhos-de-Ferro no Estrangeiro.
IN "entrarnahistoria.blogspot.com"
Foi nos anos 80 que comecei a ter o primeiro contacto com a automotora.
Atravessava a linha diariamente para ir para o Ciclo (assim chamavamos às atuais EB2/3). No final das aulas radicalizavamos um pouco e corriamos ao longo da extensão da linha, entre a estação e a ponte junto ao Cemitério nº 3, saltando pelas traves de madeira queimadas pelo óleo libertado pelas inumeraspassagensa das carruagens ao longo dos tempos.
Mais tarde fui para o ensino superior, para Paços de Brandão.
Comprei um cartão especial, mensal, e lá ia eu diariamente na automotora das 7:36h de 2ª a 6ª feira.
Foram dezenas de viagens e centenas de histórias presenciadas a bordo deste especial meio de transporte.
Lembro como as segundas feiras eram agitadas (a malta ia para Espinho, para a Feira).
O mesmo se passava ao dia 04 de cada mês (feira em Arrifana).
Quando Cheguei ao ISPAB, em Paços de Brandão foram duas as coisas que me marcaram nesse dia.
1º a Praxe, obviamente, e depois no regresso ao final do dia contemplar a beleza daquela estação (é, de facto, muito bonita).
Como sempre adorei farra e borga resolvi tentar aminha sorte candidatando-me a entrar na Tuna Académica do ISPAB, a LOCO mui TUNA.
Pensei eu...
Esta tuna deve ser mesmo Louca, até colocam o LOCO no nome!
O Pensamento, como observarão, estava muito longe da verdade!
Não que a Tuna não tivesse, naquele tempo, uma saudável dose de loucura. No entanto, era LOCO por querer homenagear a Locomotiva do Vouga, o vouguinha, que semanalmente tantos estudantes, de tantos pontos do país, trazia a Paços.
Entendo que a vitalidade deste meio de transporte não é a mesma de outros tempos. Percebo que o número de utentes não seja imenso. Até engulo que a economia não possa alimentar, nos tempos que correm, negócios que não rendem.
Todavia, o que fazemos com a nossa história!? O que deve ser feito para perpetuar a memória, a cultura e a tradição destas gentes que fizeram de nós aquilo que hoje somos?
Encontro a decisão de encerrarem a linha (entre outras que vão, igualmente, encerrar) mas não consigo descobrir em lado nenhum o que vai acontecer a esta depois de pararem com a circulação de automotoras.
O que vai acontecer a estações lindissimas como as de S. João da Madeira e Paços de Brandão? Ficarão ao abandono?
Se não, de que forma lhes vão dar uso? Transformando-as (tal como aconteceu no distrito de Viseu) em ciclovias?
Esta é uma solução ridícula, no meu entender, que não dignifica a memória nem o passado destas linhas.
A minha Querida Amiga Alexandra Alves vai organizar no próximo dia 23 um passeio de Vouguinha como poderão constatar no seu facebook.
Eu pretendo associar-me a esta iniciativa tão interessante e, se ela estiver de acordo, contactar a LOCOmuiTUNA para que se junte a todos nós.
Os efeitos desta iniciativa não serão muitos, nem esse é o objetivo. Vamos conviver, passear, conversar, rir, divertir, cantar e usufruir de um velhinho mas muito simpático e útil Vouguinha.
Termino com a letra de uma música que fiz para a LOCOmuiTUNA em 1998...
Vinham de bem longe
para Paços estudar
Com as capas ao ombro
e a saudade a apertar.
foi na estação
que encontraram o vouguinha
o comboio mais catita
que havia lá na linha
Lá vem o vouguinha
lá vem o vouguinha
lá vem o vouguinha
sempre, sempre a apitar.
E a LOCOmuiTUNA
E a LOCOmuiTUNA
com seus versos a cantar.
P.S. - a parte do título "na vida tudo passa" é inspirada no GRANDE Paulo Baldaia e na sua máxima (na vida tudo passa, até a uva passa!)"
IN https://www.facebook.com/notes/pedro-neves/locovouguinha-na-vida-tudo-passa-até-o-vouguinha-passa/306570012692433
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